Agência: Argus Press
Período de operação: 1942 – 1953
Website: nunca teve
Tipo: agência de notícias privada
Segmento/Setor: noticiário local
Serviços: texto
Escala: local
Redação central: Rio de Janeiro – RJ
CNPJ: NÃO ENCONTRADO
Razão social:
Proprietários: Agências Associadas
Fundadores: José Vitorino de Lima (?)

A Argus Press foi uma agência de notícias privada sediada fundada em 1942 no Rio de Janeiro, então capital federal. Especializada no noticiário local, a agência operou até 1953, fornecendo conteúdo textual para veículos de comunicação. Pouco se sabe sobre seus fundadores ou proprietários, mas sua existência é registrada como parte do cenário das agências de notícias no Brasil durante a primeira metade do século XX. Junto com o Bureau dos Jornais do Interior, foi integrada às chamadas “Agências Associadas” (sem relação com os Diários Associados de Assis Chateaubriand).

Sua existência é registrada como verbete de uma única linha pelo Dicionário de propaganda e jornalismo de Mario Erbolato (1986, p. 43), sem mais detalhes.

Nos Anais do Senado do ano de 1961, um discurso do então senador Jarbas Maranhão (PSD-PE) na tribuna em elogio ao jornalista pernambucano José Vitorino de Lima menciona a Agência Argus entre outras de meados do século XX:

Fundador, diretor, redator e colaborador de vários jornais no Espírito Santo, no Rio ou em São Paulo; organizador, dirigente ou jornalista de agências de notícias, como a Press Continental, a Noticiosa Brasileira e o Bureau dos Jornais do Interior, hoje agrupado com a Agência Argus nas chamadas Agências Associadas, distribuindo noticiários, crônicas e reportagens para 400 jornais do país.

(Congresso Nacional, 1961, p. 684)

Ao longo da história, houve diversas agências de notícias chamadas Argus em vários países. Entre elas, destacam-se o Argus de la Presse, da França (1879), o Argus African News Service, do Zimbábue (1957), e a Argus Photography, do Afeganistão (2005). O nome, uma grafia latinizada do grego Argos, faz referência ao personagem mitológico Argos Panoptes (onividente, que tudo vê), um gigante capaz de observar tudo que acontecia ao redor, e por isso era uma metáfora interessante para o jornalismo de agências.

Como citar:

AGUIAR, Pedro. Argus Press. História das Agências de Notícias Brasileiras e das Agências de Notícias Estrangeiras no Brasil [documento eletrônico]. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2025. Disponível em https://agenciasdenoticias.uff.br/2025/03/05/argus/.

Referências bibliográficas:

CONGRESSO NACIONAL. Anais do Senado. Brasília: Senado Federal, 1961. Disponível em https://www.senado.leg.br/publicacoes/anais/pdf-digitalizado/Anais_Republica/1961/1961%20Livro%2010.pdf
ERBOLATO, Mario. Dicionário de propaganda e jornalismo. São Paulo: Papirus, 1986.

https://www.senado.leg.br/publicacoes/anais/pdf-digitalizado/Anais_Republica/1961/1961%20Livro%2010.pdf
eng/esp
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