Agência: Agência Senado
Período de operação: desde 1997
Website: www12.senado.leg.br/noticias/tags/Ag%C3%AAncia%20Senado
Tipo: agencioide institucional
Segmento/Setor: política
Serviços: website
Escala: nacional
Redação central: Brasília – DF
CNPJ: 00.530.279/0001-15
Razão social: Senado Federal
Proprietários: Senado Federal
Fundadores: [DESCONHECIDOS]
A Agência Senado, criada em 1997, é um órgão de comunicação institucional do Senado Federal, sediado em Brasília. Com foco na cobertura das atividades legislativas, a agência produz conteúdo textual e multimídia para divulgação em seu website, atualmente sem logística de entrega de serviços aos clientes (apesar de já ter tido). A Agência Senado atua em escala nacional, servindo como fonte de informação sobre o poder legislativo brasileiro na instância federal.
A Agência Senado foi criada oficialmente pela resolução 9/1997 de 29 de janeiro de 1997. No entanto, segundo Borges (2008, p. 65), a concepção da Agência Senado já estava presente num memorando elaborado para a política de comunicação institucional da câmara alta brasileira feito em 1995, na primeira gestão de José Sarney na presidência da casa.

Frequentemente, a Agência Senado é tratada como a pedra fundamental do sistema de comunicação do Senado Federal. O minucioso apanhado histórico que Gonçalves (2008, p. 46-47) oferece mostra que as raízes da Agência Senado estavam num boletim analógico que desde 1962 o Senado produzia para o programa de rádio A Voz do Brasil, da Agência Nacional, e seu sucessor, a Súmula Informativa (1972).
Desde 1995, a Agência Senado transmite seu noticiário por rede de computadores. Com criação oficial em 1997, o funcionamento da Agência tem sua origem no ano de 1962, quando o Senado iniciou a produção de material noticioso para o programa A Voz do Brasil, no horário reservado ao Congresso Nacional. Sob a denominação de Seção de Divulgação, que integrava o Serviço de Radiodifusão, a Agência realizava o trabalho de elaboração de resenhas diárias dos fatos da Casa para posterior distribuição aos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. As produções de notícias escritas e radiofônicas nasceram juntas e assim continuaram até 1972, quando foi instituída a Seção de Redação. Nessa época, o noticiário escrito produzido pelo Senado chamava-se “Súmula Informativa”. Com a chegada dos computadores na Casa e a modernização da Gráfica do Senado, em meados da década de 70, o setor de comunicações ganhou independência, com a criação da Subsecretaria de Divulgação e Relações Públicas. O resumo jornalístico dos acontecimentos era impresso em boletins, distribuídos internamente no Senado e transmitidos para o restante do país por telex a partir do ano de 1984.
(Gonçalves, 2008, p. 46-47)
O autor (2008, p. 46) afirma que a Súmula Informativa por telex, depois chamada de O Dia no Senado, transmutou-se num “serviço de fornecimento de noticiário para os veículos de comunicação privados, no ano de 1994”, sem especificar se ainda era analógico ou já digital. Na fase pré-web, relata, “a Agência e a Rádio distribuíam material de divulgação para o agendamento dos demais veículos de comunicação e para a Radiobrás” (Gonçalves, 2008, p. 46), exatamente como faz uma agência de notícias. Ainda segundo Gonçalves (2008, p. 47), “um conjunto de fatores mudou o cenário da Comunicação do Senado a partir da década de 90”:
a contratação dos primeiros jornalistas concursados (1991); o processo de redemocratização por que passava o país, em que a nova Constituição trouxe legislações como a Lei da Cabo difusão, que previa um canal de TV específico para o Senado; a promoção de seminários com especialistas de comunicação externos e da Casa; modernas tecnologias (facsímile, primeiras redes informatizadas, sistema STM-400). A nova estrutura de comunicação, englobada então pela Secretaria Especial de Comunicação Social (SECS), passou a ser composta pela Agência Senado, o Jornal do Senado, a Rádio Senado e a TV Senado, além do serviço de Relações Públicas e o chamado Alô Senado. A antiga denominação do noticiário escrito, “O Dia no Senado”, foi substituída pelo nome Agência Senado no ano de 1995. Nesse mesmo ano, a Internet passou a ser utilizada pelo Senado em caráter experimental e a Agência Senado destacou-se como um dos primeiros veículos públicos de notícias a utilizar a nova tecnologia.
(Gonçalves, 2008, p. 46-47)
O primeiro diretor da Agência Senado foi José do Carmo Andrade.
De acordo com um prospecto de 2009 direcionado a visitantes na casa, “a Agência Senado realiza a cobertura jornalística de todos os trabalhos do Senado Federal e disponibiliza esse material pela internet em tempo real”.
Além de notas e reportagens completas, que são transmitidas durante todo o dia pelo site www.senado.gov.br/agencia, a Agência Senado produz uma agenda diária das atividades do Plenário e de todas as comissões da Casa; divulga dois boletins eletrônicos distribuídos ao longo do dia; alimenta a barra de notícias exibida pela TV Senado; produz uma página eletrônica com noticiário em inglês e espanhol; e fornece imagens digitais dos acontecimentos no Senado. Toda a cobertura é obtida gratuitamente na internet e divulgada com grande rapidez e repercussão por jornais e agências públicas e privadas de notícias de todo o País.
Fonte: O Senado Federal, 2009
Como coordenação dentro da Secom do Senado, a agência é composta pelo Serviço de Produção e Pesquisa (que inclui os jornalistas) e pelo Serviço de Informática e Transmissão (que cuida da radiodifusão, do streaming e de alimentar o banco de dados com notícias), além de transmitir o “noticiário produzido pelo órgão para jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão” (razão de ser de qualquer agência), segundo a resolução que a disciplinou. O Guia do Parlamentar, manual distribuído a senadores e assessores parlamentares afirma que qualquer senador “poderá solicitar à Agência Senado a produção de matérias jornalísticas sobre a atividade legislativa” (54ª legislatura, 2011-2015).
De 2006 a 2010, a Agência Senado teve ainda uma divisão internacional que publicava notícias em inglês e em espanhol.
Como citar:
AGUIAR, Pedro. Agência Senado. História das Agências de Notícias Brasileiras e das Agências de Notícias Estrangeiras no Brasil [documento eletrônico]. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2025. Disponível em https://agenciasdenoticias.uff.br/.
Referências bibliográficas:
BORGES, Iara. A presença da mídia das fontes Agência Senado em notícias da Folha Online e de O Globo Online. 140 fl. Dissertação (mestrado em Comunicação), Brasília, Universidade de Brasília (UnB), 2008. Disponível em https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/191786/apresencadamidia.pdf?sequence=5, acesso em abr./2025.
GONÇALVES, Marcos Vinícius. Transparência Administrativa: a democratização da atuação parlamentar dos senadores. 59 fl. Trabalho final (especialização em Direito Legislativo). Brasília, Universidade do Legislativo Brasileiro (Unilegis), 2008. Disponível em https://ufrb.edu.br/etica/images/Transpar%C3%AAncia_administrativa_e_atua%C3%A7%C3%A3o_parlamentar.pdf, acesso em abr./2025.